blog d'apontamentos

19.11.05

Fui ao teatro!


Ontem fui (pela primeira vez) ao Teatro Municipal de Faro ver Os Persas de Esquilo pelo Teatro da Garagem. Meia hora antes do espectáculo telefonaram-me a oferecer-me um convite (obrigado Gabi) que aceitei.

A rapariga alta de cabelo pelos ombros que me deveria entregar o bilhete atrasou-se, pelo que assisti ao espectáculo de um gabinete ao fundo da sala, com más condições de visionamento, o que não me impediu de apreciar a apresentação de Os Persas.

O texto, pesado, demasiado declarativo, e digo o que sinto, descontando a minha quase total ignorância sobre a tragédia grega em geral e esta em particular, pareceu-me ganhar maior leveza mas também profundidade, com a luz, os sons e as movimentações que lhe conferiram maior expressividade.

À saída, a pensar que não é impunemente que se vê um espectáculo como este sem qualquer preparação, e aqui falo em formação de públicos, actividade que me parece muito descurada, desde logo em eventos como este em que esta peça se integra. O programa, que só depois de terminado o espectáculo, tive oportunidade de ler, concorre para essa função de preparação e esclarecimento.

[Leia Os Persas de Ésquilo na Atenas do Seu Tempo, de Maria do Céu Fialho ---> em pdf]
12:36 da tarde

5 Comentários:

O Teatro da Garagem já visitou o CAPa, em Faro, pelo menos quatro vezes, tantas quantas as que me desloquei para assistir ao trabalho dessa companhia de teatro. É certo que o CAPa proporciona espectáculos mais intimistas, mas não neccessariamente menos sofisticados em recursos técnicos.
Habituei-me à oferta do Teatro da Garagem, como uma das companhias que mais aprecio, sempre apoiada em excelentes textos, mas não, como desta vez, insistindo na narração e na declamação, em detrimento da acção e do desenvolvimento dramático da intriga. Não reconheci a companhia de que tanto gosto, a não ser na cenografia e nos apoios cénicos à narração. Como há pouco li, algures, "as personagens não devem estar em cena para explicar, mas para viver".

Um abraço, Luís.
António, pensei em ti quando escrevi este texto, parece-me desnecessário acrescentar o que seja :)
errata: "o que que que seja" :)
errata da errata: "o que quer que seja"
:-)
rindo aqui!!!

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